SummaryBrazil, 1977. Marcelo, a technology expert in his early 40s, is on the run. He arrives in Recife during carnival week, hoping to reunite with his son but soon realizes that the city is far from being the non-violent refuge he seeks.
SummaryBrazil, 1977. Marcelo, a technology expert in his early 40s, is on the run. He arrives in Recife during carnival week, hoping to reunite with his son but soon realizes that the city is far from being the non-violent refuge he seeks.
For Mendonça Filho, who has poured his love for his city, his country and its people into this masterpiece of a film, his favorite way to process anything is through making and watching movies. It’s his best film, and the best film of the year.
Estamos acostumados a reconhecer cidades inteiras pelo olhar de seus cineastas: a Nova York inquieta de Scorsese, a Hong Kong melancólica de Wong Kar-wai, a Madri vibrante de Almodóvar. No cinema brasileiro atual, poucas paisagens são tão ligadas a um autor quanto o Recife de Kleber Mendonça Filho. Seus filmes não apenas mostram a cidade, eles a condensam. Há uma temperatura própria, um cheiro, um ritmo que nos transporta imediatamente para Pernambuco, como se a câmera captasse também a umidade do ar e o barulho das ruas. Engana-se quem reduz essa obra a um “regionalismo”: trata-se de uma regionalidade que nasce do particular e alcança o universal, capaz de revelar o mundo a partir de um único lugar. Ao filmar Recife com tamanha intimidade e estranhamento, Kleber transforma a cidade em personagem, em mito pessoal, em musa que espelha contradições de qualquer metrópole. Em O Agente Secreto, essa relação aparece de forma ainda mais clara, porque Recife funciona como cenário, mistério e força emocional.Essa maturidade aparece em cada escolha do diretor. Kleber filma com a segurança de quem domina completamente sua linguagem. Ele não tem pressa para apresentar a história e deixa que tudo aconteça no tempo certo. Essa calma só é possível porque ele sabe exatamente o filme que está fazendo. Mesmo com quase três horas, o ritmo é leve graças a uma montagem muito bem pensada. Desde o começo sentimos que algo está fora do lugar. É uma sensação estranha, silenciosa, que prende nossa atenção e já é conhecida por quem acompanha a obra de Kleber. O interessante é como essa inquietação convive com imagens cheias de vida. A fotografia é precisa, bonita, clara, e a ambientação é tão detalhada que parece respirar junto com os personagens. Essa mistura entre tensão e beleza cria um clima único, ao mesmo tempo atraente e **** centro dessa experiência está Wagner Moura, entregando talvez a grande atuação de sua carreira, e isso não é pouca coisa. Ele constrói Marcelo com uma humanidade profunda: vemos os conflitos internos, as aflições que ele tenta esconder, as pequenas alegrias que surgem no olhar. Há uma delicadeza constante, mas também a sensação de que tudo pode desabar de uma hora para outra. Essa oscilação entre o sutil e o explosivo, sempre realista, dá ao personagem uma presença quase palpável. Tânia Maria, por sua vez, ilumina cada cena em que aparece. Forte, engraçada e irresistível, ela domina o quadro com naturalidade e carisma. E, mesmo com pouco tempo de tela, Alice Carvalho entrega um momento que permanece na memória: sua única cena é visceral, precisa, e ganha ainda mais força por dividir espaço com um dos instantes mais intensos de Moura no filme. São atuações que não apenas sustentam a narrativa como à **** fim, o longa mais ambicioso de Kleber Mendonça Filho se revela também um dos mais pessoais. Ele se move entre múltiplos personagens e histórias, mas nunca perde o foco no que realmente importa: a construção de uma memória coletiva e afetiva. Nada ali é gratuito. O filme nos lembra, o tempo todo, da importância de não esquecermos quem somos e de onde viemos — uma reflexão que ganha urgência especial em tempos como os nossos. E então chega o desfecho… impossível descrevê-lo sem estragar sua força, mas ele permanece ecoando muito depois da projeção, como uma síntese simples e dura da vida: nem sempre as coisas acontecem como desejamos — acontecem como são. O Agente Secreto é, por tudo isso, um filme imperdível.
Take a look at leading man Wagner Moura. That’s a movie star, right there. An Oscar nomination for this political thriller that truly thrills is his next step. Just watch, it’ll happen.
The Secret Agent has a warm affinity for communities like the one that adopts Armando—Dona’s apartment building echoes the lo-fi resistance of Baktan Cross in One Battle After Another—but it doesn’t sugarcoat the immense loss that history can deliver.
The Secret Agent is vicious and vivid in its sense of place and danger. But it also has a streak of weirdness and offers a very human take on the political-crime thriller genre.
More broadly appealing than Kleber Mendonça Filho’s past films, The Secret Agent is still unmistakeably the work of an artist who’s deeply fascinated with the ways in which cinema, politics, and personal history co-mingle.
Um ótimo filme sobre memória e uma cinematografia impecável. É muito louvável e notório o motivo pelo qual o filme ganhou seus devidos prêmios em Cannes. As performances são naturalistas e flertam com tudo aquilo que o enredo proporciona ao seu expectador.
Kleber Mendonça Filho delivers a masterpiece of tension in "The Secret Agent". Set in 1977 Recife, the film constructs a suffocating psychological thriller about the paranoia of the dictatorship era, steering clear of easy clichés. Wagner Moura delivers a masterful, restrained performance, conveying the constant fear of someone trying to stay invisible, while the tropical noir atmosphere wraps the viewer in a sense of permanent surveillance. Aesthetically impeccable and thematically urgent.
A masterpiece directed by KMF and phenomenally played by Wagner Moura. A political thriller that rescues the memory of a 1977 Recife fulfilled with colors and a popular imagination as the funny moments of the Hairy Leg and giant sharks.